Romaria Jovem I

Depois de circularmos pelo parque 13 de maio neste Domingo pela manhã, parando de vez em quando para assistir ao “show” religioso, acompanhamos por algum tempo a “Romaria dos Jovens do Recife”, que começou logo após.
Ao som do trio elétrico “Pantera Baby”, os jovens saíram caminhando, cantando, pulando e dançando pela rua João Lira, ao lado do parque, em direção à av. Visconde de Suassuna.
Para os que querem que a igreja continue com os ritos tradicionais, esta manifestação deveria chamar-se “zombaria” e não “romaria” devido ao desrespeito e à irreverência com que trata os temas sagrados.
As músicas, em ritmos modernos, contagiantes e em alto volume, falavam da morte de Jesus na cruz e condenavam o uso de drogas, enquanto duas jovens sobre o veículo balançavam os quadris de forma sensual acompanhadas por muitas outras no asfalto.
Não vi nenhuma diferença com os desfiles dos blocos de carnaval.
Vi um rapaz vomitando na calçada. Não sei se por causa de algum mal-estar provocado pelo calor ou se por causa de excesso de bebida, apesar de não ter visto ninguém bebendo nada além de água mineral.
Uma pessoa que considero bastante esclarecida me disse, chorando, estar profundamente ofendida e constrangida com o que estava presenciando. Que esta maneira de praticar religião, tanto o “show” quanto a romaria, não deveria estar agradando ao Senhor.
Quanto a mim, se na minha adolescência as pregações, procissões e romarias fossem desse jeito, desconfio que eu não seria o agnóstico que sou hoje.
Considero as manifestações religiosas que presenciei neste Domingo um fato sociológico digno de estudos mais aprofundados.
Vejam as fotos e me digam qual a opinião de vocês sobre esta nova maneira da igreja atrair fieis.
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